Embaixada de Angola em Vietname

O Presidente da Assembleia Nacional, Adão de Almeida, defendeu, esta quarta-feira, em Luanda, que, em 2026, o principal desafio da instituição passa pelo reforço da sua função representativa e pela consolidação de uma compreensão comum sobre o exercício da fiscalização política ao Executivo.

Ao discursar na cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano, perante deputados, funcionários e agentes parlamentares, Adão de Almeida afirmou que, em 2025, a Assembleia Nacional esteve à altura das responsabilidades constitucionais que lhe são conferidas, num ano que considerou especial, pela celebração dos 50 anos da Independência Nacional.

Sublinhou que o parlamento conseguiu cumprir as suas missões de representação dos cidadãos, produção legislativa e fiscalização política, reconhecendo o trabalho desenvolvido pelos deputados, funcionários e agentes parlamentares, ao longo de 2025.

No domínio da fiscalização política, Adão de Almeida defendeu a necessidade de, em 2026, se estabilizar uma visão comum sobre o seu alcance e exercício para garantir uma actuação coerente e conforme à Constituição e à lei.

No plano legislativo, apelou à continuidade do esforço para afirmar a Assembleia Nacional como espaço de convergência de interesses, diálogo e construção de consensos, demonstrando a diversidade política do país, assim como de contribuição para o aprofundamento da maturidade democrática.

Relativamente à administração parlamentar, reconheceu avanços, mas admitiu a persistência de desafios e oportunidades de melhoria, defendendo maior investimento no fortalecimento das condições de apoio ao funcionamento político da Assembleia Nacional, com destaque para o papel dos funcionários e agentes parlamentares.

Por seu lado, os deputados à Assembleia Nacional fazem um balanço positivo das suas actividades e garantem continuar a trabalhar para o bem de todos os cidadãos angolanos, em 2026.

Para a deputada Lourdes Kaposso, do Grupo Parlamentar do MPLA, 2025 foi um ano de transformação, em que a mulher e a juventude estiverem prontos e capazes de dar respostas às acções parlamentares.

A deputada Navita Ngolo, presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, pediu serenidade e incentivou a juventude a caminhar dentro dos princípios éticos e morais da sociedade, lançando um repto aos jovens para ajudarem os deputados a alcançar as metas preconizadas para 2026.

Benedito Daniel, do PRS, reconheceu o trabalho dos representantes do Povo desempenhado em 2025, num ano que considerou desafiante.

Os parlamentares apelaram a confiança dos cidadãos em relação ao seu trabalho e a sua função principal de legislar e fiscalizar o Poder Executivo, reiterando o compromisso de representar, com zelo, dedicação e responsabilidade os interesses da população, lê-se no site da Assembleia Nacional.

O antigo Presidente da Assembleia Nacional, Primeiro-Ministro e Vice-Presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos "Nandó", faleceu, esta quinta-feira, aos 75 anos, em Luanda.

De acordo com uma nota da Clínica Girassol, o igualmente antigo ministro do Interior e vice-ministro da Segurança do Estado foi encontrado em casa, na sala de sauna, “desacordado no chão, sem que a equipa médica tenha conseguido aferir o tempo de permanência na sauna e já sem sinais vitais".

A nota esclarece que, transportado para a Clínica, com "trismo à chegada e pupilas médio-fixas", e depois de "encetadas as manobras de reanimação, por se desconhecer tempo de paragem, durante 40 minutos, não houve retorno da circulação".

Licenciado em direito, "Nandó" exerceu ainda os cargos de Inspector da Polícia Nacional, director Nacional da Polícia Nacional, deputado e comandante-geral da Polícia Nacional.

Na manhã de 16 de dezembro de 2025, na Editora da Associação dos Escritores do Vietname, 65 Nguyễn Du, Hanói, realizou-se o lançamento de dois livros de poesia de dois poetas – que são também Presidentes das respetivas Associações de Escritores nos seus países: Nguyễn Quang Thiều, Presidente da Associação dos Escritores do Vietname, e Murad Sudani, Presidente da Associação de Escritores da Palestina.

O livro de poesia “Sob a sombra da oliveira” de Nguyễn Quang Thiều e “A Pedra de Murad” de Murad Sudani expressam sentimentos profundos sobre a terra e o povo da Palestina, transmitindo uma mensagem humanista e promovendo a ligação entre diferentes culturas.

O evento contou com a presença do Embaixador de Angola no Vietname, evidenciando o interesse da comunidade diplomática pelas actividades culturais e contribuindo para o fortalecimento do intercâmbio literário e da amizade internacional. O lançamento dos livros constituiu-se um testemunho do poder da literatura em unir fronteiras e valorizar a cooperação cultural entre os países.

De 05 a 07 de Dezembro de 2025, Sua Excelência o Embaixador de Angola no Vietname participou no Festival Internacional do Chá – “WORLD T.E.A FEST 2025”, realizado em Da Lat e Bảo Loc, província de Lam Dong. O evento, organizado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Vietname em coordenação com o Comité Popular da Província de Lam Dong, destinou-se ao Corpo Diplomático, com o objectivo de promover a cultura do chá, reforçar a diplomacia cultural e apresentar o potencial do Vietname no domínio da agricultura de alta tecnologia.

O Festival, sob o tema “Onde se conectam as essências do chá da humanidade", foi realizado pela primeira vez no Vietname e reuniu mais de 40 embaixadores, representantes diplomáticos e respectivos cônjuges. A participação do Embaixador de Angola contribuiu para destacar a dimensão internacional do evento e criou oportunidades de contacto com as autoridades locais, artesãos e a comunidade empresarial de Lam Dong.

No âmbito do programa, o Corpo Diplomático participou na cerimónia “Oferenda de incenso e chá aos Reis Hung” no Monte Phuong Hoang; esteve presente no “Tea Connect - Chá Diplomático” no Tea Resort Prenn; e assistiu a Cerimónia de Abertura do Festival Internacional do Chá na Praça Lam Vien. Estas actividades permitiram ao Corpo Diplomático compreender melhor as práticas espirituais, culturais e os valores associados à tradição do chá vietnamita.

O Embaixador visitou igualmente a “Tea Gallery” e a “Tea Expo” – espaços de exposição dedicados às tecnologias modernas de processamento de chá, ao sistema de mil árvores de chá antigas e a diversos produtos de chá e plantas aromáticas que o Vietname pretende promover no mercado internacional. Em diálogo com empresas e especialistas, o Embaixador reconheceu a elevada qualidade do chá-verde, chá oolong e das plantas aromáticas de Lam Dong, com forte potencial de expansão para mercados globais.

Particular destaque foi dado aos modelos de cultivo de chá baseados em tecnologia avançada, aos sistemas de controlo de qualidade e às cadeias integradas de produção e processamento existentes em Da Lat e Bao Loc. Trata-se de um sector no qual Angola pode cooperar sobretudo no actual contexto de prioridade governamental para o desenvolvimento agrícola, diversificação da produção e criação de zonas de cultivo com potencial exportador. O Vietname, com a sua experiência em técnicas de cultivo, melhoramento de variedades, gestão de áreas de plantação e processamento agro-industrial, poderá constituir um parceiro adequado para apoiar Angola no reforço da capacidade produtiva de culturas estratégicas, incluindo chá, café e plantas medicinais locais.

Paralelamente às actividades profissionais, o Embaixador e a delegação visitaram o XQ Da Lat (Casa-Museu de Bordados Artísticos de Da Lat) e a obra arquitectónica Crazy House, aprofundando o conhecimento sobre a cultura e a arte da cidade.

A nossa participação no Festival Internacional do Chá – “World T.E.A Fest 2025” contribuiu para reforçar a imagem de Angola junto da comunidade diplomática e do povo de Da Lat e, criou bases favoráveis para o estudo de futuras iniciativas de cooperação com Lam Dong e com o Vietname, particularmente nos sectores da agricultura, processamento agro-industrial, comércio e intercâmbio cultural.

Este evento constitui um alicerce importante para a continuação do fortalecimento das relações bilaterais nos próximos anos.

Embaixada da República de Angola na República Socialista do Vietname, Hanói, 12 de Dezembro de 2025.

José Barroso falava na abertura da consulta pública sobre a proposta da Nova Lei dos Biocombustíveis na qual realçou a pretensão de Angola no estabelecimento de um quadro legal e regulatório atractivo para o investimento nacional e estrangeiro.

O governante lembrou que a proposta de Nova Lei dos Biocombustíveis se alinha com os compromissos climáticos internacionais assumidos pelo Executivo angolano, através da Convenção Quadro das Nações Unidas, Constituições Climáticas, Acordo de Paris e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030.

O secretário de Estado assegurou igualmente que a promoção dos biocombustíveis vai poder desempenhar um papel essencial na descarbonização de sectores estratégicos da economia, o que vai permitir garantir a sustentabilidade ambiental.O processo de consulta pública é longo e tudo começou com uma discussão sobre a estratégia dos biocombustíveis no país.

Para o administrador Executivo da Agência Nacional de Petróleos, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Artur Custódio, o processo de aus- cultação assegura que a Nova Lei seja um instrumento dinâmico de política pública capaz de gerar investimento e promover a inclusão das comunidades rurais.

Artur Custódio disse igualmente que o diploma pretende posicionar Angola como referência africana em bioenergia sustentável, regulatória e estruturada.O administrador explicou que as sugestões e contribuições da lei vão fazer dela, não apenas um texto governamental, mas um verdadeiro pacto nacional para o desenvolvimento de um novo sector.

“As contribuições recebidas enquadram-se na regulação, sustentabilidade integral e mecanismos inovadores de mercado, bem como justiça social, conteúdo local e soberania tecnológica, aperfeiçoamento técnico-jurídico e eficiência institucional”, disse.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) é o órgão regulador e concessionário do sector de hidrocarbonetos no país e tem como principais atribuições a gestão dos contratos de petróleo e gás, a regulação das operações de exploração, produção, refinação, transporte, armazenamento e comercialização.

A ANPG desempenha um papel vital na garantia de que as actividades do sector sejam realizadas em conformidade com as práticas internacionais e nacionais, fomentando a sustentabilidade e maximização dos recursos petrolíferos para o desenvolvimento económico do país.